domingo, 20 de julho de 2008

Erico Verissimo


Como de costume, aos sábados à noite, recolho-me em casa. A minha cidade não é grande e não oferece opções para que eu quebre esse hábito. Creio que se ela fosse, não mudaria (é uma suposição). Para não ir cedo para cama ou não dar continuidade à leitura que faço durante o dia, vou à tv. Vejo um filme ou documentário, o noticiário esportivo ou algum telejornal. Neste terceiro sábado de julho, vi um delicioso documentário na TV Brasil. O documentário era sobre Erico Veríssimo.
Para alguém meio informado sobre literatura sabe que ele é um dos nossos maiores escritores. Li dele “Olhai os lírios do campo”, que encanta pela beleza e pelo conteúdo. A tônica do documentário foi sua, dita por muitos, obra-prima “O Tempo e o Vento”. Essa ainda não li. Ainda.
Da biografia do Erico até então, conhecia pouca coisa. Sabia que era gaúcho e pai do cronista Luis Fernando Veríssimo. Conheci fatos marcantes sobre ele.
Não só a obra dele é bela, como constatei em sua única obra que li, mas também o homem Erico. Um amante da felicidade familiar. Pai e avó dedicado, um homem que lutou para dar aos filhos o pai que não teve. Gostava de falar pouco e ouvir muito. Paradoxal, uma vez que gênio como ele deveria fazer o oposto. Mas digamos que ele economizava no diálogo e derramava todas as suas idéias e palavras em seus livros.
“O Tempo e o Vento” , como já citado anteriormente, foi o ponto principal do documentário. A beleza da obra, explicada por críticos, familiares e escritores convidados, provocou-me uma intensa vontade de lê-la. Conhecer o Capitão Rodrigo, o filho Rodrigo e toda a História – ficção que há no livro. Literatura não meramente documental, mas impregnada de arte, da arte da formação do povo do Rio Grande do Sul.
Ler o que escreveu Erico Veríssimo e ouvir pessoas falando o que ouvi sobre ele, dá a certeza de que ele é mais um daqueles escritores que fazem parte de um seleto grupo de artistas da palavra.
Quem ainda não leu nada desse grande escritor brasileiro, comece logo. Irei, em breve, começar a ler “O Tempo e o Vento”.

Vitor Miranda