domingo, 3 de maio de 2009

Pirataria: péssimo negócio

Geralmente quando se fala em pirataria no Brasil, o argumento de quem a apoia cai no senso comum de dizer que ela só existe porque os produtos originais são caros. Estes que assim pensam, não percebem que a pirataria é um veneno a todos os envolvidos. Ela contém inúmeros perigos para quem a alimenta e pode causar o fim de cantores, escritores e vários empregos.
Quando alguém vende um produto pirateado, sua única intenção é lucrar. Essa mercadoria na maioria das vezes está fora dos padrões de segurança. A matéria-prima é inadequada, chegando ao absurdo de se usar lixo hospitalar para a produção de bonecas. Além disso, pequenas peças podem ser ingeridas por crianças devido ao produto não ser inspecionado por um órgão responsável. Foge-se da legalidade pelo custo e, muitas vezes, paga-se com a vida.
Além disso, artistas e outros empregados que dependem da venda de produtos originais, ficam a um passo do desemprego. Com isso, gera-se um aumento de desempregados e a economia deixa de crescer, pois impostos desse setor econômico deixam de existir. Impostos, aliás, que pagam artistas, gravadoras e todas pessoas envolvidas com o comércio legal. É por isso que se paga mais por produtos originais.
Ainda há de se levar em conta que existe também outro aspecto negativo, no caso, a criminalidade. Seja o vendedor ou o comprador, ao fazer prática da pirataria, torna-se, automaticamente, um criminoso. Essa criminalidade ajuda na formação de traficantes e quadrilhas que, por fim, culmina em um quadro elevadíssimo de violência no país.
Praticar a pirataria é trazer para a casa perigos e aumentar a criminalidade no país. É fato que a legalidade possui custo elevado para a maioria das pessoas, principalmente no Brasil, onde o salário mínimo é mínimo mesmo. Por outro lado, escolher a ilegalidade não é a solução, mas sim a ampliação do problema.

Vitor Miranda

6 comentários:

ele disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ele disse...
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ele disse...

Querido amigo Vitor, esse tema é sem dúvida polêmico e gravíssimo.
Joguemos limpo: Quem aqui nunca comprou um CD pirata? um DVD pirata?
Um "boné, mochila, tênis pirata"?
Quem nunca comprou um produto em uma loja de R$ 1,99 sem ter a conciência
do quanto um trabalhador escravo teve que ralar por isso ?
Para mim já uma forma de financiar o trabalho escravo!
Os chineses tem lá sua considerável parcela de culpa por encher
o mundo de produtos de baixíssima qualidade, feitos por mão de obra barata..

Como mencionado por você, em nosso país o custo de um CD/DVD original É elevado.
Logo, o meio mais eficaz em que vejo uma solução para tal problema é
realmente a baixa de custo desses produtos
- estando consciente da participação de milhares de pais de família e gente honesta
que trabalha duro em produtoras, estúdios e gravadoras e afins.

Enquanto nada é feito para minimizar a pirataria, artistas tem de fazer o dobro de
shows que estavam habituados a fazer, bandas como Radiohead tentam deixar para os
fans decidirem o valor do disco (uma outra opção), Lobão vende seus discos nas
esquinas de São Paulo e uma meia duzia de chineses enchem seus bolsos e riem à toa...


Mario

Vitor Miranda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Vitor Miranda disse...

Mário, de fato o tema é polêmico. Sobre a compra de algum produto pirata, isso é fato. Boa parte das pessoas já adquiriu tais produtos. Mas convenhamos: os produtos piratas só foram comprados porque tivemos e temos acesso a eles. A fiscalização e o custo menor do comércio legalizado seriam,caso não a solução, a amenização para a pirataria.
Além disso, os baixos salários também contribuem, e muito, para que o comércio ilegal aumente.
Se eu fosse artista ou dono de empresa, detestaria ver as pessoas lucrando em meu nome sem que eu ganhasse nada. E você?

ele disse...

(risos)... obviamente também. Todos devem ser recompensados de acordo com o que fazem. :)