Hoje é 15 de outubro, dia do professor. Alguns professores, amigos meus, me dizem: “comemorar o quê?”
A educação brasileira está uma tristeza, é fato. Assim não sobra muito aos professores o que comemorar. Se for falar em reconhecimento então, aí devo parar imediatamente essa crônica. Mas sigo adiante.
Algo que sempre agradeci foi pelos ótimos professores que tive – e foram vários, a maioria.
Lembro-me que antes de aprender a ler e a escrever, olhava as palavras nos muros, jornais e revistas e imaginava qual seria a mágica para compreendê-las e escrevê-las. A dona Vani, minha primeira professora, ensinou-me a mágica.
Quando ela me ensinou a escrever meu nome, foi uma felicidade inesquecível, momento ímpar que ainda vive em mim. Ela entregou a todos os alunos um pedaço de cartolina, a minha era amarela, com os respectivos nomes. Pediu para que copiássemos as palavras do papel em nossos cadernos. Copiei na sala, repeti em casa e, no dia seguinte, a alegria:
- Vitor, responda-me – disse a dona Vani – “V” com “I”?
- “VI.”
- “T” com “O”?
- “TO.”
- “TO” com “R”?
- “TOR.”
- “VI” com “TOR”?
- VITOR.
- Muito bem, você acaba de aprender a ler e a escrever seu nome.
De todos os conhecimentos que obtive por meio de meus inúmeros professores, esse foi o mais importante e a aula mais inesquecível que tive.
Dona Vani, obrigado por tamanho tesouro.
A todos professores, parabéns pelo dia e, principalmente, pela profissão que escolheram.
Vitor Miranda
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Professor
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