Sábado (15)
estive na Feira do Livro de Ribeirão Preto. Saí do local com extrema alegria e
uma certeza: o livro, por aqui, está mais vivo e forte do que nunca.
Em
cada espaço onde havia livros, pessoas se aglomeravam para ver, tocar e comprá-los.
Sim! Ver, tocar e comprar livros. E boa parte delas, crianças. Isso tornou
minha visão ainda mais alegre.
Vivemos
uma fase em que se cogita o fim do livro tradicional, o livro de papel. Sinto
informar aos “moderninhos” dos tablets e similares que isso não acontecerá pelo
que se tem visto hoje em dia e pelos séculos após a invenção do livro-papel.
Acreditar
no fim do livro é acreditar que a humanidade deixará de usar a roda. A Feira de
Ribeirão cumpre finalmente seu papel de celebração e incentivo à leitura, pois
tem agora o livro como seu protagonista. Até o ano passado o livro era
coadjuvante no evento, uma vez que se entupiam os dias com shows e, assim,
atraía-se, em grande parte, um público mais interessado no fator sonoro do que no literário. Dessa vez a organização acordou e percebeu que a Feira é do LIVRO.
As outras atividades paralelas ao evento é que merecem o cargo de coadjuvantes.
Os shows, inteligentemente, foram diminuídos e colocados em um outro espaço,
longe da praça onde se realiza a feira. Aliás, fui a um dos poucos shows, o do
Gilberto Gil. Bom demais. É o velho Gil, mestre de obras como “Metáfora” e
“Tempo Rei”.
Mas
voltemos ao personagem principal da feira. O livro, sem sombra de dúvida,
continua mostrando o seu poder de encanto e conhecimento. Pessoas de todas as
idades, e repito, boa parte crianças, provaram que ser otimista em relação à
leitura hoje e futuramente é algo visivelmente óbvio. As novas tecnologias vêm
para agregar, não para substituir esse suporte tão simples e perfeito.
Vitor Miranda
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